Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é vaiado durante comemoração cultural em evento do BDMG.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), enfrentou vaias e protestos durante a comemoração dos 35 anos do braço cultural do Banco de Desenvolvimento do estado (BDMG), na última quinta-feira. Mesmo ausente, Zema enviou um discurso em vídeo que foi reproduzido durante o evento em Belo Horizonte, mas as palavras do governador foram abafadas pelos gritos e vaias da plateia, que duraram mais de um minuto.

As manifestações contra o governador têm origem nos conflitos existentes entre Zema e o setor cultural desde o início de seu mandato. A decisão de unir as secretarias de Cultura e Turismo, sob forte resistência dos trabalhadores do segmento, gerou descontentamento e protestos. Além disso, a reforma administrativa aprovada pela gestão no início do ano resultou na criação de duas novas secretarias – Comunicação Social e Casa Civil – e na exclusão da Empresa Mineira de Comunicação da estrutura voltada ao setor cultural, o que também gerou insatisfação.

O clima de tensão se intensificou com a decisão de Zema de não se inscrever nos CEUs da Cultura, perdendo assim um investimento de R$ 54 milhões do governo federal. Esta medida está inserida no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a atitude do governador desagradou ainda mais a comunidade cultural do estado.

O GLOBO entrou em contato com o governo do estado de Minas Gerais em busca de uma declaração oficial sobre o ocorrido, e aguarda uma manifestação. A tensão entre o governo de Zema e o setor cultural representa um desafio para a administração do estado, que enfrenta oposição e protestos em meio às tentativas de reestruturação da gestão pública. A relação conturbada entre o governador e a comunidade cultural deve continuar gerando polêmicas e debates nos próximos meses.

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