Em meio aos rumores de uma possível recuperação judicial, a Gol enfrenta desafios em relação ao crédito junto a distribuidores de combustível em alguns dos aeroportos mais importantes do país. Segundo fontes ouvidas pela coluna Capital, a empresa passou a ser obrigada a pagar à vista para abastecer as suas aeronaves, o que demonstra a pressão financeira que a companhia enfrenta. No entanto, oficialmente a Gol afirma que “não tem problema com abastecimento de combustível e que não houve nenhuma mudança nas condições de pagamento”.
A situação da Gol tornou-se o foco de discussões, inclusive com o governo, que se reúne com empresas aéreas para discutir estímulos ao setor de aviação. A Gol, em particular, enfrenta a situação mais grave entre as companhias aéreas, já que há seis meses tenta uma reestruturação de dívida com arrendadores de avião e credores financeiros, com R$ 3 bilhões vencendo a curto prazo.
Além disso, o mercado tem observado com atenção o impacto do cenário financeiro da Gol. Em dezembro passado, a agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito da empresa, em meio a preocupações com a reestruturação da dívida, riscos de refinanciamento e pressão no fluxo de caixa operacional. Como reflexo, as ações da empresa têm apresentado forte queda.
Diante da delicada situação financeira da Gol, a empresa procura alternativas para reverter a crise e garantir sua sustentabilidade no mercado aéreo. As negociações com credores e possíveis investidores, somadas às discussões com o governo, demonstram a busca por soluções para viabilizar a recuperação e o fortalecimento da companhia, que enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua história.