Durante uma entrevista à TV 247, Gleisi foi enfática ao afirmar que há, sim, um aspecto político nas indicações para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Segundo a deputada, as pessoas são indicadas pelo presidente com base na relação que possuem com um projeto político defendido, e não apenas por mérito ou conquistas em suas carreiras. Ela ainda destacou que a escolha de Flávio Dino não contou com a participação do PT e da executiva do partido.
Apesar das declarações polêmicas, Gleisi saudou a escolha de Flávio Dino para ocupar a cadeira no STF, afirmando que “ele é um grande companheiro” e que o Supremo Tribunal Federal “ganha muito com essa indicação”. Próximo a Lula, Flávio Dino foi indicado para ocupar a cadeira da ministra Rosa Weber, que se aposentou da Corte no final de setembro.
No entanto, a indicação de Flávio Dino não ocorreu sem controvérsias. Há uma disputa interna pela sucessão no Ministério da Justiça, com a saída de Dino. Entre os cotados para ocupar o cargo, estão a própria Gleisi, além da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do ministro aposentado do STF, Ricardo Lewandowski.
Durante a entrevista, Gleisi também defendeu a constante mobilização e campanha por parte do PT e seus dirigentes, afirmando que é necessário estar organizado em todos os municípios e reavivar os comitês de luta. Ela ressaltou a importância de manter uma postura ativa diante da disputa com a extrema-direita, mesmo após a conquista do poder.
Enquanto a indicação de Flávio Dino aguarda apreciação no Senado, suas declarações continuam gerando repercussões no cenário político, principalmente em meio à disputa pela sucessão no Ministério da Justiça e ao debate sobre a influência política na composição do Supremo Tribunal Federal.