Gleisi Hoffmann critica PEC que dá autonomia ao Banco Central e acusa de querer impor “ditadura monetária” ao Brasil

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, fez duras críticas à proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa conceder autonomia financeira e administrativa ao Banco Central do Brasil (BC). Em declaração feita neste domingo, a deputada federal afirmou que o projeto busca “submeter o Brasil a uma ditadura monetária”.

Por meio de suas redes sociais, Gleisi destacou a política de juros considerada “exorbitante” adotada pela gestão de Roberto Campos Neto à frente do BC. A parlamentar citou uma entrevista concedida pelo presidente da autoridade monetária ao jornal “Folha de S. Paulo”, onde ele defendia uma maior autonomia para o BC. Para Gleisi, essa postura representa uma ameaça ao país e critica a falta de questionamentos da mídia a respeito desse cenário.

“É uma política monetária que segue ameaçando o país, mas a gente não vê uma linha de crítica na mídia sobre isso. Ao contrário, Folha dá espaço hoje para o Campos Neto defender ainda mais autonomia para o BC. Querem submeter o Brasil a uma ditadura monetária”, escreveu a deputada.

Segundo a presidente do PT, o chefe do BC continua defendendo taxas de juros acima da realidade, restrição de crédito e vê os salários mais altos como um “risco”. Em sua entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, Campos Neto mencionou ter conversado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as preocupações da instituição em relação à PEC que visa conceder ampla autonomia ao BC.

“Até o momento, o Palácio do Planalto tem demonstrado posicionamento contrário à PEC”, concluiu Campos Neto. Ele ressaltou que a proposta é apenas o início de um debate e que há espaço para ajustes e alterações. A discussão em torno da autonomia do Banco Central promete seguir movimentando o cenário político e econômico nos próximos dias.

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