A movimentação política em relação à sucessão de Lira já é intensa, com parlamentares como Elmar Nascimento, Marcos Pereira e Antonio Brito colocando suas candidaturas à disposição. O objetivo deles é conseguir um acordo com o Palácio do Planalto para comandarem a Câmara dos Deputados. Elmar, que é visto como o candidato de Lira, já teve embates com o PT, mas nos últimos meses tem modulado seu discurso e evitado confrontos.
Vale destacar que a última vez que o PT teve um candidato à presidência da Câmara foi em 2015, quando Arlindo Chinaglia perdeu para Eduardo Cunha. Naquela época, a então presidente Dilma Rousseff enfrentava uma crise política e econômica e teve desavenças com Cunha, que acabou apoiando o impeachment de Rousseff. O partido e o ex-presidente Lula decidiram, desde então, não lançar candidatos. Neste ano, o PT optou por apoiar a reeleição de Lira.
No entanto, segundo Gleisi Hoffmann, o trauma do enfrentamento com Cunha em 2015 não deve impulsionar a decisão do partido em 2025. A presidente do PT ressaltou que a legenda avaliará a possibilidade de lançar uma candidatura própria ou de seu campo político, em conjunto com a direção nacional e a bancada da Federação e de outros partidos próximos.
Assim, as discussões em torno da sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados ainda estão no campo especulativo. O PT, embora não tenha definido sua posição, mantém em aberto a possibilidade de lançar um candidato próprio ou apoiar um nome do campo político mais à esquerda. Resta aguardar o “momento oportuno” para que o partido decida sobre seu posicionamento e estratégias para as próximas eleições na Câmara.