Gilmar Mendes afirma que eleição de Lula foi decidida pelo STF, causando reação da oposição nas redes sociais.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, causou polêmica ao atribuir a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma decisão da Corte. Em um evento realizado em Paris, na França, chamado Fórum Esfera Internacional, o magistrado declarou que a vitória de Lula só foi possível graças ao STF. Suas declarações não foram bem recebidas pela oposição, que utilizou as redes sociais para expressar seu desagrado.

Um dos primeiros a reagir foi o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-SP), que afirmou que Gilmar Mendes estava se confessando culpado. Outro parlamentar do PL, o Coronel Meira (PE), destacou que a declaração não traz nenhuma novidade e ressaltou que, embora alguns políticos tenham se mantido, outros foram removidos de seus cargos, como Deltan Dallagnol e Daniel Silveira.

Essas falas de Gilmar Mendes surgem em meio a uma crescente tensão entre o STF e o Congresso Nacional. Nos últimos meses, deputados e senadores têm avançado com projetos que visam limitar a participação dos ministros em julgamentos, como a implementação de mandatos e restrição de liminares.

Essa insatisfação por parte do Parlamento surge após a Corte ter iniciado julgamentos que afetam diretamente o Legislativo, como o marco temporal e a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. Em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Gilmar Mendes afirmou que o timing desses debates é impróprio e que é estranho começar a reforma constitucional pelo tribunal.

O magistrado também fez referência às medidas adotadas pelo governo anterior, presidido por Jair Bolsonaro (PL), nos meses que antecederam a eleição do ano passado. Segundo Mendes, a aprovação de todas essas medidas pelo Congresso mostrava uma certa complacência, enquanto o STF estava constantemente na defensiva.

As declarações de Gilmar Mendes reacendem o debate sobre o poder do STF e sua influência no cenário político brasileiro. Enquanto alguns defendem a necessidade de uma atuação mais restrita por parte dos ministros, outros acreditam que é importante garantir a independência e a imparcialidade do tribunal para o bom funcionamento do sistema judiciário. O embate entre o STF e o Congresso promete continuar gerando discussões e possíveis mudanças no futuro próximo.

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