General Theophilo Gaspar de Oliveira consentiu com adesão ao golpe de Estado em encontro com Bolsonaro, revela depoimento à Polícia Federal.

O caso envolvendo a prisão do coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto por suspeita de integrar uma organização criminosa que planejou uma tentativa de golpe de Estado no país tem tomado proporções cada vez mais preocupantes. Em depoimento à Polícia Federal, Corrêa Netto revelou detalhes surpreendentes sobre a suposta participação de autoridades militares de alto escalão, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid e o general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, no plano golpista.

Segundo os relatos do coronel, o tenente-coronel Cid, ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, via no general Theophilo alguém capaz de cumprir ordens importantes. Além disso, a investigação da PF aponta que o comandante do Exército, general Freire Gomes, teria se recusado a participar da ação golpista proposta por Bolsonaro, a qual visava manter o presidente no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Corrêa Netto, que é coronel da cavalaria do Exército e possui formação nas Forças Especiais, é apontado como peça-chave no esquema, sendo descrito como homem de confiança de Cid e responsável por executar tarefas fora do Palácio do Planalto que o ex-ajudante de ordens não podia desempenhar. Os diálogos entre Corrêa Netto e Cid revelaram uma busca incessante por informações sobre suposta fraude eleitoral e planos mirabolantes para manter Bolsonaro no poder, apesar da falta de sucesso nessas empreitadas.

A polêmica envolvendo altos oficiais das Forças Armadas e o ex-presidente Bolsonaro têm levantado questões sobre a conduta ética e legal dessas autoridades. A pressão por parte de militares para envolver o Exército em um golpe de Estado tem gerado grande preocupação dentro e fora das instituições militares. O fato de o general Theophilo ter supostamente consentido com a adesão ao golpe em uma reunião com Bolsonaro é especialmente alarmante e revela a gravidade da situação.

A investigação da PF continua a desdobrar-se, e novos detalhes sobre o caso podem surgir a qualquer momento. Enquanto isso, a sociedade aguarda ansiosamente por respostas e por medidas que garantam a estabilidade institucional e a democracia no país.

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