Segundo os relatos do coronel, o tenente-coronel Cid, ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, via no general Theophilo alguém capaz de cumprir ordens importantes. Além disso, a investigação da PF aponta que o comandante do Exército, general Freire Gomes, teria se recusado a participar da ação golpista proposta por Bolsonaro, a qual visava manter o presidente no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Corrêa Netto, que é coronel da cavalaria do Exército e possui formação nas Forças Especiais, é apontado como peça-chave no esquema, sendo descrito como homem de confiança de Cid e responsável por executar tarefas fora do Palácio do Planalto que o ex-ajudante de ordens não podia desempenhar. Os diálogos entre Corrêa Netto e Cid revelaram uma busca incessante por informações sobre suposta fraude eleitoral e planos mirabolantes para manter Bolsonaro no poder, apesar da falta de sucesso nessas empreitadas.
A polêmica envolvendo altos oficiais das Forças Armadas e o ex-presidente Bolsonaro têm levantado questões sobre a conduta ética e legal dessas autoridades. A pressão por parte de militares para envolver o Exército em um golpe de Estado tem gerado grande preocupação dentro e fora das instituições militares. O fato de o general Theophilo ter supostamente consentido com a adesão ao golpe em uma reunião com Bolsonaro é especialmente alarmante e revela a gravidade da situação.
A investigação da PF continua a desdobrar-se, e novos detalhes sobre o caso podem surgir a qualquer momento. Enquanto isso, a sociedade aguarda ansiosamente por respostas e por medidas que garantam a estabilidade institucional e a democracia no país.