A empresa informou que irá realizar uma reunião na próxima segunda-feira com os três sindicatos envolvidos. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano, considerou a decisão uma vitória após 13 dias de greve.
A decisão de cancelar as demissões foi tomada pela corregedora-geral do TST, Dora Maria da Costa, que confirmou a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. O tribunal havia atendido um pedido de liminar do Ministério Público para cancelar as demissões.
Agora, o caso será julgado pelo Órgão Especial do TST, porém, ainda não há uma data prevista para isso. A justiça argumentou que a General Motors descumpriu os acordos coletivos de layoff, que garantiam estabilidade no emprego para todos os trabalhadores das fábricas de São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Além disso, os juízes também levaram em consideração a falta de negociação da empresa com os sindicatos antes das dispensas.
Um motivo apontado por analistas para as demissões é o alto custo para o desenvolvimento de carros elétricos, um mercado liderado atualmente pelas montadoras chinesas. Especialistas do setor descrevem um cenário em que as montadoras chinesas miram na América do Sul para acelerar sua internacionalização, sendo o Brasil um alvo preferencial por ser o maior mercado da região e um hub de exportação para os países vizinhos.
Com o cancelamento das demissões, a General Motors busca uma solução para os desafios enfrentados, garantindo a estabilidade no emprego e a continuidade das operações nas fábricas afetadas. A reunião com os sindicatos na próxima segunda-feira será fundamental para discutir os próximos passos e buscar um acordo que seja benéfico para ambas as partes envolvidas.
