General Heleno nega participação em reuniões sobre suposto golpe de Estado no governo Bolsonaro, chamando de “fantasia” a declaração de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta terça-feira (26) como testemunha. O general classificou como “fantasia” a declaração do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, de que teriam ocorrido reuniões no Palácio do Planalto para discutir um suposto golpe de Estado após a vitória de Lula.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, Mauro Cid teria afirmado em sua delação à Polícia Federal que o então presidente Bolsonaro e os três comandantes das Forças Armadas – almirante Almir Garnier, general Freire Gomes e tenente-brigadeiro Baptista Júnior – teriam participado dessas reuniões. No entanto, Heleno negou veementemente tais afirmações, destacando que A Cid era apenas o ajudante de ordens do presidente e não teria participado de reuniões com os comandantes militares.

Além disso, o general ressaltou que, apesar de ser militar, ele próprio não participava de reuniões com a cúpula militar, pois não era um ministro militar, mas sim um militar que ocupava um cargo de ministro. Ele enfatizou que sua convocação para eventos não incluía a participação em reuniões da cúpula militar.

Durante seu depoimento, Heleno fez uso de seu direito de permanecer em silêncio em diversas ocasiões, conforme autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin. Entretanto, o general respondeu às perguntas dos parlamentares quando pôde.

As afirmações de Heleno foram contestadas pela base de apoio do governo Lula. Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), o ex-ministro mentiu ao afirmar que Mauro Cid não participava de reuniões com os militares. Ele apresentou uma foto em que o ex-ajudante de ordens aparecia em um encontro de Bolsonaro com os três chefes militares. Já o senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu Heleno e afirmou que o governo não tem interesse em investigar o que aconteceu no dia 8 de Janeiro.

Antes do depoimento de Heleno, o presidente da CPMI, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), tentou colocar em votação o requerimento de convocação do diretor da Força Nacional de Segurança Pública, mas não houve acordo. A votação deve ser decidida na próxima reunião, antes da oitiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, acusado de tentar explodir uma bomba nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.

Maia também ressaltou que a CPMI não pode encerrar os trabalhos sem ouvir os supostos financiadores e divulgadores dos atos golpistas, que já teriam sido identificados pela Polícia Federal. Ele considera fundamental chamar essas pessoas para depor.

É importante ressaltar que todos os depoimentos e informações apresentados neste texto são baseados em relatos e declarações divulgadas pela imprensa, uma vez que a fonte original não foi mencionada.

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