GAMBITO DA RAINHA: 2 ª fase da operação recolhe documentos em cartório de Maceió

Aconteceu, na manhã desta quarta-feira (16), mais uma fase da operação Gambito da Rainha. A ação, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público do  Estado de Alagoas (MPAL), cumpriu um mandado de busca e apreensão num cartório localizado em Maceió. O objetivo foi recolher documentos que possam ter relação com os crimes praticados pela empresária conhecida como “Eliane do Globo”.

A operação foi coordenada pela promotora de Justiça Marília Cerqueira que, acompanhada de outras autoridades, deu cumprimento ao mandado no Serviço Notarial e Registral do 2º Distrito, situado no bairro do Poço. “A busca tem a finalidade de apreender documentos e objetos ilícitos ou instrumentos relacionados aos crimes que atualmente estão sendo investigados pelo Gaesf e que foram praticados, em tese, pelo conglomerado de empresas da Eliane do Globo”, informou ela.

Todo o material recolhido será encaminhado à sede do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens para se juntar aos autos já em apuração. Segundo o Gaesf, o mandado de busca e apreensão, que foi expedido pela 17ª Vara Criminal da Capital, de combate ao crime organizado foi necessário para complementar as investigações em razão dos depoimentos já colhidos há duas semanas.

*Gambito da Rainha*

A operação Gambito da Rainha foi deflagrada no dia 2 deste mês, contra oito pessoas, entre empresários e contadores, todos acusados de uma série de crimes, dentre eles, fraude societária e lavagem de bens. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa os R$ 30 milhões, números que seguem em apuração na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).

Á época, foram expedidos oito mandados de prisão, sendo três preventivos e cinco temporários, e mais 30 de busca e apreensão, em Alagoas e Pernambuco, todos também pela 17ª Vara Criminal.

Os alvos da operação foram pessoas físicas e jurídicas ligadas, direta ou indiretamente, ao conglomerado de empresas de “Eliane do Globo”, que funciona em União dos Palmares, município localizado no interior alagoano. Todos os presos foram acusados de envolvimento nos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agentes públicos. Dentre esses agentes públicos envolvidos, dois são auditores-fiscais e foram afastados do cargo.

Segundo as investigações do Gaesf, o esquema criminoso causou grave prejuízo ao tesouro estadual. Tal montante gira em torno de R$ 30 milhões em valores corrigidos monetariamente, e com multas e juros. Naquela ocasião, foi também decretado, judicialmente, o bloqueio de bens imóveis e móveis dos acusados. A organização criminosa, que operava somente em Alagoas, era integrada por empresários, “testas-de-ferro”, “laranjas”, contadores e auditores-fiscais.

O Gaesf, além do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), é ainda integrado pela Secretaria de Estado da Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado, Polícia Civil e Polícia Militar de Alagoas.

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