O arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, abençoou a peça emblemática no chão antes que ela fosse transportada até o topo da agulha, com a ajuda de um guindaste. O novo galo, desenhado pelo arquiteto-chefe dos monumentos históricos franceses, Philippe Villeneuve, substituiu a peça anterior, que ficou severamente danificada durante o incêndio de abril de 2019. Villeneuve descreveu o novo galo como tendo “asas de fogo” que “lembram que a catedral pode renascer das cinzas como uma fênix”.
A instalação do novo galo não apenas representa um marco simbólico para os cristãos, como também é um dos símbolos nacionais da França, aparecendo em camisas de times de futebol e rugby do país. Além disso, o galo abriga relíquias salvas durante o incêndio, bem como um tubo contendo os nomes de duas mil pessoas envolvidas nas obras de reconstrução.
Para Philippe Jost, responsável pela empresa pública encarregada da reconstrução da catedral, o processo de restauração de Notre-Dame é uma “aventura humana sem precedentes”, evidenciando o esforço conjunto de diversas pessoas e entidades para que a catedral volte a sua antiga grandeza. A reabertura do templo está programada para o dia 8 de dezembro de 2024, o que representa um prazo ambicioso para a reconstrução de um dos mais icônicos símbolos de Paris.
O novo galo no topo da agulha de Notre-Dame é, portanto, um sinal de esperança e renovação, simbolizando não apenas a reconstrução da catedral, mas também a resiliência da cidade de Paris e de todos aqueles envolvidos nesse projeto histórico. A peça, que agora volta ao seu lugar de destaque, representa a recuperação de um patrimônio cultural inestimável e a superação de um dos momentos mais sombrios da história recente da França.