Galba Novaes relata problemas psicológicos vividos por moradores de bairros atingidos pela mineração da Braskem

O deputado Galba Novaes (MDB) afirmou nesta quarta-feira, 1º, que deu entrada na Casa em um requerimento solicitando uma audiência pública, a fim de discutir a atuação da Braskem no que se refere às indenizações aos moradores dos bairros de Maceió atingidos pelo desastre geológico que afundou o solo devido à extração de sal-gema.  O deputado disse que irá convidar o MPE, MPF, OAB/AL, representantes dos bairros atingidos, órgãos ambientais e Braskem. “Tenho sido procurado por moradores destes bairros, que reclamam da morosidade e do desprezo da empresa com os mais de 60 mil moradores atingidos pela catástrofe. A situação por que passam os ex-moradores de Bebedouro, Pinheiro e Mutange e adjacência é constrangedora. Eles convivem com a falta de interação e de convívio com vizinhos e, muitas vezes, também com os familiares”, destacou.

Galba Novaes disse ainda ter informações que apenas 15 mil indenizações foram aprovadas e destas só cinco mil foram pagas. “Um amigo me relatou o que vem sofrendo junto com sua família e o que já pensou em fazer com sua vida. Ele entrou em depressão e teve que fazer um tratamento sério. E esse não é um caso isolado, tenho conhecimento que mais de dez pessoas tentaram suicídio devido a falta de indenização”, afirmou.

Por fim, o deputado disse que com a audiência, ainda sem data, a Assembleia Legislativa poderá colaborar na resolução deste grave problema, que atinge milhares de moradores da capital alagoana. “A Braskem depositou R$ 30 milhões nos cofres da prefeitura de Maceió para construção de escolas que funcionavam nos bairros atingidos pelo afundamento e mais R$ 5 milhões para aluguel, enquanto as escolas são construídas. Sei da importância que é a educação para as crianças e adolescentes, mas esse dinheiro deveria ser utilizado nas indenizações dos moradores e, consequentemente, de suas moradias”, finalizou.

Em aparte, o deputado Francisco Tenório (PMN) falou da importância do tema e de convidar para a audiência pública representantes do Tribunal de Justiça. “O problema do bairro do Pinheiro está para Maceió assim como uma queimada de grandes proporções está para a Floresta Amazônica. Precisamos sensibilizar a Braskem para que indenize as pessoas o mais rápido possível e depois transforme aquela área numa reserva florestal”, destacou.

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