Fundo Soros investe US$ 15 milhões no Brasil para preservação da Amazônia e geração de empregos na região.

O tão aguardado investimento do Fundo Soros de Desenvolvimento Econômico (SEDF) finalmente chegou ao Brasil. O braço de investimento de impacto da Open Society Foundations, criado pelo magnata e megainvestidor George Soros, anunciou um aporte de US$ 15 milhões no Fundo para a Biodiversidade da Amazônia (ABF). Esta organização é conhecida por financiar negócios sustentáveis na região amazônica brasileira, com o objetivo de beneficiar 700 mil pequenos agricultores, gerar mil empregos diretos e colaborar para a preservação da floresta em pé.

Com 35 investimentos espalhados pelo mundo, o SEDF tem grandes expectativas em relação ao aporte no FBA. Acreditam que esse investimento pode atrair outros investidores para projetos similares. Georgia Levenson Keohane, CEO do SEDF, afirma: “Acreditamos que o Fundo para a Biodiversidade da Amazônia demonstrará à comunidade de investidores em geral que é possível operar negócios comerciais de sucesso que protejam as florestas existentes da Amazônia e melhorem os meios de subsistência locais”.

Além disso, o ABF planeja destinar os recursos do aporte em projetos ou negócios que tenham impacto positivo e transformacional na biodiversidade e nas comunidades da região da Amazônia Legal. Focará principalmente em empresas e projetos inovadores, disruptivos e sustentáveis, onde existam lacunas de financiamento, utilizando estruturas inovadoras, como dívida baseada em receitas ou estruturas indexadas a resultados de impacto.

A Impact Earth, organização britânica voltada para o financiamento de projetos de impacto socioambiental, irá gerir o Fundo para a Biodiversidade da Amazônia, que já conta com cerca de US$ 60 milhões em recursos. O ABF já apoiou iniciativas como o Manioca, que produz alimentos naturais utilizando ingredientes da culinária amazônica, e o Café Apuí, de base agroflorestal e beneficiando mais de 80 famílias de produtores locais.

Heloisa Griggs, diretora-executiva da Open Society Foundations para a América Latina, destaca a importância do investimento do SEDF na construção de uma economia florestal permanente que gere empregos para as pessoas da Região Amazônica e proteja a floresta tropical.

Além do Fundo de Soros, o ABF tem entre seus coinvestidores o BNDES, a Aliança para a Biodiversidade Internacional e Centro Internacional para a Agricultura Tropical (Ciat, na sigla em inglês), o Fundo L’Oréal para a Regeneração da Natureza e o banco holandês ASN. O fundo brasileiro também conta com o apoio de uma garantia de US$ 100 milhões da agência de desenvolvimento internacional do governo americano, a United States Development Finance Corporation.

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