O crime aconteceu durante a madrugada em um bairro residencial de Ciudad Juárez, uma área que tem sido frequentemente atingida pela violência relacionada ao crime organizado. O promotor Carlos Manuel Salas informou que “perdeu a vida lamentavelmente o companheiro Ismael Villagómez Tapia” e revelou que a análise pericial indicou que o disparo entrou pelo olho da vítima. O corpo do fotógrafo foi encontrado dentro do veículo que ele utilizava também para trabalhar como motorista de aplicativo.
Salas detalhou que não foram encontrados elementos balísticos dentro do carro e que estão investigando a origem do disparo. Quando questionado sobre a possibilidade do crime estar ligado ao trabalho jornalístico de Ismael Villagómez Tapia, o promotor afirmou que “não descartamos absolutamente nada, o jornalista é jornalista 24 horas, independentemente de estar realizando um trabalho diferente”.
Por sua vez, o repórter do Heraldo de Juárez, Jorge Mesa, afirmou à emissora Milenio que Villagómez Tapia nunca mencionou qualquer ameaça relacionada ao seu trabalho como jornalista. Este trágico episódio reforça o México como um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas, de acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). A RSF contabiliza que desde o ano 2000 mais de 150 jornalistas foram assassinados no país, e a maioria desses crimes ainda está impune.
Este assassinato chocante coloca em evidência a perigosa situação que os jornalistas enfrentam no México, e a importância de garantir a segurança e liberdade de imprensa para que possam continuar exercendo seu trabalho essencial na sociedade.