De acordo com relatos do Crescente Vermelho, veículos militares cercaram os hospitais Nasser e al-Amal em Khan Yunis, enquanto bombardeios intensos e tiros ecoavam na área. Um trabalhador voluntário do hospital foi morto por tiros israelenses, e mensagens transmitidas por drones exigiam que todos no hospital al-Amal saíssem nus, enquanto as forças bloqueavam os portões da instalação com barricadas improvisadas.
A ONG alertou para o perigo extremo enfrentado por suas equipes, que não conseguiam se mover devido ao cerco imposto pelas forças israelenses. Enquanto isso, os militares de Israel justificaram a operação no bairro de al-Amal como parte dos esforços para desmantelar a infraestrutura terrorista e eliminar os agentes do Hamas na área.
A ofensiva terrestre iniciada pelas Forças Armadas de Israel visava os combatentes do Hamas dentro e ao redor do maior hospital de Gaza, o al-Shifa. O ataque já resultou na morte de aproximadamente 170 combatentes, segundo informações dos militares israelenses, que prometeram continuar a operação até capturar o último terrorista.
As incursões israelenses em hospitais e arredores têm sido uma prática recorrente desde o início da guerra em outubro passado, com Israel alegando que os combatentes do Hamas estão usando complexos médicos como base de operações, uma acusação negada pelo grupo terrorista. A comunidade internacional já havia criticado a invasão de Israel ao hospital al-Shifa em novembro passado, e operações semelhantes ocorreram posteriormente ao redor do hospital al-Amal, com o Crescente Vermelho denunciando cerco por vários dias à instalação em fevereiro.
A tensão na região segue em escalada, com a população civil e os profissionais de saúde enfrentando um cenário cada vez mais perigoso em meio ao conflito entre Israel e o Hamas. A comunidade internacional permanece atenta à situação, buscando uma solução pacífica e garantindo a proteção das instalações médicas e da população vulnerável em meio ao conflito.