A polêmica teve início com a decisão da Globo de encerrar sua parceria com a TV Gazeta, resultando na mudança do sinal da emissora carioca em Alagoas, que era transmitido pela Gazeta há 48 anos. A decisão abriu espaço para um embate entre interesses comerciais e políticos.
Neste contexto, Collor surgiu como protagonista ao associar a saúde financeira de suas empresas à decisão da Globo. Alegando ter investido pesadamente para se adequar ao padrão da emissora carioca, Collor argumenta que a decisão de romper a parceria coloca em risco a viabilidade de seus negócios.
A disputa, no entanto, não se restringe apenas ao âmbito empresarial. O processo de recuperação judicial das empresas de Collor tornou-se uma peça-chave no tabuleiro político, exercendo forte influência sobre o judiciário. Com nomes como Renan Calheiros e Arthur Lira nos bastidores, a briga promete se estender até os tribunais de Brasília.
Não são apenas as empresas de Collor que estão em jogo nesta disputa. O grupo Asa Branca, de Pernambuco, também tem interesses consideráveis, tendo investido recursos significativos na compra de equipamentos para retransmitir a programação da Globo em Alagoas. A decisão sobre a renovação compulsória da concessão da Globo em Alagoas está nas mãos do juiz Léo Denisson, da 10ª Vara Cível da Capital, colocando-o no centro de uma disputa que mistura interesses comerciais e políticos.
A situação coloca em evidência a complexa relação entre poder político e interesses empresariais, mostrando que mesmo fora do cargo, Fernando Collor continua atuando nos bastidores, utilizando os caminhos que conhece para garantir seus próprios interesses. A decisão final, no entanto, ainda está por vir, e promete ser marcada por intensas disputas e pressões nos tribunais. Quem sairá vitorioso nesse embate ainda é uma incógnita, mas uma coisa é certa: a briga está longe de acabar.