Na contramão da maioria dos segmentos, o varejo de animais se mostrou resistente diante da crise econômica. Segundo dados da Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal), a criação de empresas que possuem, como principal atividade, o comércio varejista de animais vivos e de artigos e alimentos para animais de estimação, como estabelece o Cadastro Nacional de Atividade Econômica (CNAE), obteve um aumento de 31,5% somente nos últimos três anos.
O crescimento deste ramo não é exclusivo do comércio, ele abre as portas para outros tipos de empreendimentos. Comprovando isso, nota-se, também, que a constituição de empresas que têm a higiene e embelezamento de animais domésticos como atividade predominante alcançou um aumento de 8% no mesmo período. Ainda segundo o levantamento feito pela Juceal, Alagoas conta com 1.044 empresas que possuem registro ativo, somando as duas atividades.
Tendo em vista o relatório produzido pela Junta Comercial de Alagoas, é possível constatar e confirmar o aumento contínuo do segmento de pets shops no estado, principalmente na capital, que representa mais de 470 das empresas com registro ativo.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil tem a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais. Em todo o mundo, é o quarto maior país em população total de animais de estimação, com 132,4 milhões de pets.
Atualmente, a proximidade entre os pets e os seus donos é tamanha que esses animais passam por um processo de humanização, onde, muitas vezes, são considerados parte da família, o que gera oportunidade para o crescimento do setor, com diversos segmentos que buscam agradar a todos e constatam esse cuidado extra.
Um dos mais recentes é a área de pet care, que se preocupa em oferecer um espaço agradável e exclusivo para o cuidado e entretenimento dos animais. Foi justamente nesse ramo que Barbara Potty decidiu investir. Empresária do Pet Sitter, em Maceió, Potty afirma que esse campo é muito propício, pois é algo que os donos dos pets valorizam bastante.
“Aqui nós temos um cuidado diferenciado para os pets. Aluguei uma casa com um espaço maior, onde os animais podem ficar mais livres e não presos em gaiolas. Sempre busco enviar fotos dos pets para os meus clientes e contar um pouco sobre como estão. São estas coisas que fazem a diferença e aumentam a busca por serviços como este”, afirma.
Além destas novas seções de empreendimento no que diz respeito a pets, os serviços mais comuns ainda estão abundantemente presentes na sociedade e possuem grande influência nas porcentagens de crescimento, como é o caso dos serviços de banho e tosa.
Gilvania Silva, proprietária do Pet Shower, fundado em 2015, afirma que a expansão dos pets shops é bastante notável. “Hoje em dia, é possível encontrar, em Maceió, cursos de banho e tosa que nos ajudam a melhorar a qualidade do atendimento ofertado aos nossos clientes e aos animais. Com tudo isso, a questão de pet vem crescendo muito e a tendência é que se expanda cada vez mais, e creio que exista espaço no mercado para todos, tanto para os que já estão inseridos, quanto para os que desejam empreender”, conclui Silva.
Ascom – 23/04/2018
