A ação resultou na detenção de mais de 200 pessoas e na morte de 20 membros do Hamas, incluindo o chefe de segurança interna do grupo, Faiq Mabhouch. Israel afirmou que Mabhouch era responsável por coordenar as atividades do Hamas em Gaza, enquanto o grupo palestino alegou que ele estava envolvido em trabalho humanitário no norte do enclave e deveria estar protegido pela lei internacional.
A incursão provocou reações contrárias por parte do Hamas, que acusou Israel de desrespeitar a lei internacional ao atacar instalações médicas e deslocar civis. O grupo pediu a intervenção de instituições internacionais para proteger as instalações médicas restantes em Gaza. Enquanto isso, as Forças Armadas de Israel justificaram a ação com base em informações de que o Hamas estava atuando no hospital, apresentando vídeos que supostamente mostravam armamentos e recursos financeiros do grupo sendo guardados no local.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação com os combates perto do hospital al-Shifa, alertando que a situação estava colocando em risco os trabalhadores da saúde, pacientes e civis. Menos de um terço dos hospitais em Gaza está funcionando de maneira parcial, o que torna a situação ainda mais crítica.
A incursão de Israel no hospital al-Shifa ocorreu em meio às negociações para um possível acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel, além dos temores de uma ofensiva em Rafah, cidade ao sul de Gaza. A pressão internacional aumentou sobre Israel para que ações humanitárias sejam priorizadas e para evitar novas escaladas de violência.
Durante a operação, um jornalista da al-Jazeera, Ismail al-Ghoul, foi detido pelo Exército israelense. Relatos indicam que o jornalista foi espancado e teve seus equipamentos de trabalho destruídos antes de ser liberado após 12 horas sob custódia. A detenção do jornalista levantou preocupações sobre a liberdade de imprensa e os direitos dos jornalistas em áreas de conflito.