O deslocamento das viaturas ocorreu na terça-feira, 30, quando foram recebidas pelo General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, no Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia, em Manaus. De lá, as viaturas seguiram para Roraima por comboio fluvial.
A necessidade desse reforço se dá em meio à disputa pelo território de Essequibo, que está localizado na Guiana e é reivindicado pela Venezuela. Essa disputa foi intensificada no final do ano passado, após a descoberta de petróleo na região.
As viaturas enviadas incluem veículos blindsados multitarefas, equipados com sistema de armas remotamente controladas, viaturas blindadas de transporte de pessoal, viaturas blindadas de reconhecimento e outras viaturas administrativas. Todas elas foram enviadas de Campo Grande (MS) por meio da “Operação Roraima”, que contou com o transporte feito por 50 militares e 32 viaturas.
Em Roraima, as viaturas farão parte do novo 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado, que até 2025 contará com um efetivo de cerca de 600 militares. A Força não especificou se os equipamentos serão mantidos em Boa Vista ou se serão encaminhados para municípios mais próximos das fronteiras.
Além das viaturas, o novo regimento receberá também o reforço de dezenas de mísseis anticarro, que são capazes de atingir veículos blindados a até quatro quilômetros de distância. Esses equipamentos serão fundamentais para a defesa da fronteira no norte do País.
Essa ação do Exército Brasileiro reflete a preocupação e a preparação do país diante da tensão e das disputas na região. Até mesmo o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou sobre a possibilidade de invasão da Guiana por tropas venezuelanas, demonstrando que o Brasil está preparado para qualquer eventualidade.
Diante disso, o envio das viaturas e dos mísseis anticarro para reforçar a fronteira é uma medida preventiva e estratégica que visa assegurar a segurança do território brasileiro e garantir a paz na região. Este é mais um capítulo na história das tensões geopolíticas na América Latina.
