Mauro Cid, que foi um dos principais auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro ao longo dos quatro anos de governo, agora ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP), mas sem ocupar cargo ou exercer função. Essa medida foi uma das condições estabelecidas por Moraes para conceder a liberdade ao militar.
Além do afastamento do Exército, as condições impostas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de sair de casa à noite e nos finais de semana, assim como a negação de qualquer contato com outros investigados nos casos em que está envolvido, com exceção de familiares. Cid também terá que se apresentar semanalmente perante ao Juízo da Execução da Comarca de origem e teve seus passaportes cancelados.
A partir de agora, o tenente-coronel deverá colaborar com os investigadores, fornecendo mais detalhes e provas para esclarecer suspeitas que envolvem o ex-presidente Bolsonaro. Entre elas, estão a fraude em cartões de vacinação, a venda de joias recebidas pelo governo brasileiro e a conspiração para uma tentativa de golpe no país. Em troca, Mauro Cid poderá obter abatimento ou até mesmo o perdão de uma possível pena em caso de condenação.
Em relação à posição do atual presidente, Jair Bolsonaro, sobre a soltura de Cid, ele ignorou a notícia para se concentrar em outros assuntos, como o Pix e divulgou um vídeo com a frase “não desista” em suas redes sociais. Michelle Bolsonaro, por sua vez, expressou seu descontentamento com a situação e afirmou que eles estão sendo perseguidos e vítimas de injustiças.
Com o afastamento do Exército e a colaboração premiada iniciada, resta esperar para ver quais serão os desdobramentos dessas investigações e como elas podem impactar o cenário político do país.
