Com 93 anos de idade, os dois estavam casados havia 70 anos. A morte dos dois foi assistida por médicos em conformidade com a legislação holandesa que legaliza a eutanásia desde 2002, sendo considerado o primeiro país a permitir o ato. Essa legalização, no entanto, foi precedida por um debate público na Holanda desde a década de 1970 sobre o direito dos pacientes de terminar sua vida em determinadas circunstâncias.
As leis de eutanásia na Holanda estipulam que a pessoa esteja em sofrimento sem qualquer perspectiva de alívio e possua o desejo de morrer, certificado por pelo menos dois médicos. Em 2022, o governo holandês registrou 116 eutanásias duplas.
Outro país europeu onde a eutanásia também é liberada é a Bélgica, que possui leis semelhantes às da Holanda. Em 2022, a Bélgica realizou 2.966 eutanásias, sendo que 53 pessoas residiam em França, onde o procedimento não é permitido.
A diferença entre a eutanásia e o suicídio assistido é que na primeira, o ato de tirar a vida do paciente é realizado por um profissional da saúde, enquanto no suicídio assistido, é a própria pessoa que ingere uma substância letal. Atualmente, a eutanásia e o suicídio assistido são considerados crimes no Brasil.
No entanto, não há atualmente nenhum projeto em circulação no país que levante a discussão sobre a possibilidade de garantir a morte a pacientes terminais ou em sofrimento. Enquanto isso, a Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Portugal seguem permitindo a eutanásia, cada um com suas regras específicas para a realização do procedimento.