A condenação de Trump ocorreu em 26 de janeiro, quando um júri de Nova York decidiu que ele deveria indenizar a jornalista E. Jean Carroll. O processo de difamação foi resultado das declarações feitas pelo ex-presidente, nas quais ele negou uma acusação de estupro, alegando que a jornalista “não fazia seu tipo” e insinuando que ela teria inventado a história para promover seu livro.
Mesmo tentando obter imunidade por ter ocupado a Casa Branca durante as declarações consideradas difamatórias, Trump teve seu pedido negado. A advogada de Carroll argumentou que a dimensão da difamação, pela qual o ex-presidente foi condenado, foi ampliada devido à sua posição como chefe de Estado.
A defesa de Trump informou que ele precisaria pagar a fiança no valor total de US$ 91,6 milhões, incluindo juros. Deste montante, US$ 65 milhões são destinados aos danos causados, US$ 11 milhões para reparar sua reputação e US$ 7,3 milhões como compensação financeira.
Solicitou-se a Trump que efetuasse o pagamento da indenização enquanto recorre ou oferecesse uma fiança que poderia ser executada caso a apelação não fosse bem-sucedida. Durante esse período de espera por uma decisão do tribunal superior, Carroll não terá acesso ao dinheiro. O juiz responsável pelo caso recusou um pedido da equipe jurídica do ex-presidente para adiar o prazo da fiança, informou a mídia americana.
Além desse processo de difamação, Trump também enfrenta uma multa de US$ 355 milhões em um processo civil por fraude corporativa, mais juros. Apesar de seus advogados terem oferecido pagar parcialmente a quantia de US$ 100 milhões como fiança enquanto recorrem do caso, o pedido foi rejeitado.
Durante todo o desenrolar dos processos, Trump utilizou sua plataforma Truth Social para publicar mensagens insultuosas contra Carroll, o processo e o juiz responsável. Mesmo sem ter sido convidado a comparecer ao julgamento ou testemunhar, ele buscou dar publicidade às suas alegações de ser vítima por meio da cobertura midiática.
