Ex-presidente Bolsonaro desconhece responsáveis e motivações de programa secreto de monitoramento de cidadãos pela Abin

O ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter conhecimento sobre o programa secreto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que monitorou a localização de cidadãos por meio do celular durante o seu mandato. A ferramenta foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) no mês passado, resultando no afastamento e prisão de servidores.

Segundo Bolsonaro, a Abin não realizou interceptações e apenas fazia o levantamento de posição de 30 mil pessoas, conforme divulgado pela imprensa. No entanto, o ex-presidente ressaltou que gostaria que fossem divulgados os nomes das pessoas monitoradas e que desconhece tanto os responsáveis pelo programa quanto suas motivações.

Durante sua visita à cidade de Santos (SP), Bolsonaro participou de compromissos com a pré-candidata à prefeitura, deputada federal Rosana Valle, e com o deputado Tenente Coimbra. As agendas incluíram uma solenidade no Corpo de Bombeiros, onde foram entregues três novas viaturas à corporação, e um almoço em um clube localizado na Ponta da Praia.

Ao ser questionado sobre a sua recente condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por atos eleitorais no Sete de Setembro, Bolsonaro direcionou críticas ao ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente afirmou que Moraes ficou apavorado com a presença de milhares de pessoas nas ruas e o acusou de debochar, destacando que um juiz não deve agir dessa forma.

Bolsonaro afirmou que sua defesa está estudando a estratégia para reverter a derrota na justiça, mas ressaltou que essa estratégia é o que o ministro Alexandre de Moraes deseja.

Embora o ex-presidente tenha negado conhecimento sobre o programa de monitoramento da Abin, a operação da PF indicou que servidores da agência estavam envolvidos na utilização indevida de dados de geolocalização de cidadãos. A investigação continua em andamento para esclarecer os responsáveis e as motivações por trás desse programa secreto. A divulgação dos nomes das pessoas monitoradas ainda não ocorreu.

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