A pesquisa, liderada pela professora Gwenaëlle Douaud e publicada na revista Nature Communications, utilizou exames cerebrais de mais de 40.000 participantes do Biobank do Reino Unido com mais de 45 anos. Foram analisados 161 fatores de risco modificáveis, classificados de acordo com seu impacto na degeneração cerebral além dos efeitos naturais do envelhecimento.
De acordo com o professor Anderson Winkler, coautor do estudo e pesquisador dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, a abordagem holística adotada pela equipe permitiu identificar que a diabetes, a poluição atmosférica e o consumo de álcool são os fatores mais prejudiciais para o desenvolvimento da demência. Além disso, a pesquisa anterior realizada por pesquisadores de Oxford identificou outros fatores associados a um risco maior da condição, sendo que oito deles são modificáveis, o que indica a possibilidade de intervenções para reduzir o risco.
Dentre os fatores identificados, destacam-se a educação, o histórico de diabetes, a depressão, o AVC, o histórico de demência nos pais, a pressão alta, o colesterol alto, viver sozinho e ser do sexo masculino. Com esses resultados, a comunidade científica busca novas estratégias e intervenções para prevenir e tratar a demência, visando um futuro com menos casos da condição em todo o mundo.