Estudante russo condenado por colaborar com Ucrânia e planejar ataques à bases militares: anunciam autoridades russas

Um jovem estudante russo de 20 anos foi condenado a cinco anos de prisão após ser acusado de colaborar com os serviços especiais ucranianos e planejar ataques de sabotagem a bases militares na Rússia. Segundo as autoridades, o Tribunal Regional de Kurgan declarou o estudante culpado e o condenou por ter sido recrutado pelos serviços especiais ucranianos para planejar atos de sabotagem em infraestruturas militares e sociais, divulgar propaganda pró-ucraniana na internet e coletar e transmitir dados sobre a posição das unidades militares russas para Kiev.

Essa condenação faz parte de um contexto mais amplo, onde desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, muitos russos e estrangeiros foram detidos ou condenados por acusações relacionadas à sabotagem. Além disso, a justiça russa tem punido severamente os críticos da ofensiva na Ucrânia, com milhares de russos sendo multados ou condenados a longas penas de prisão por este motivo desde o início da ofensiva.

Segundo a OVD-Info, um grupo de mídia para direitos humanos, mais de 19,5 mil pessoas foram detidas ou tiveram sua liberdade restrita por publicações contra a guerra, na Rússia e na Crimeia entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, sendo quase 180 por publicações na internet. Além disso, 447 russos processados foram acusados de “disseminar informações falsas”.

Além do estudante condenado, a Rússia anunciou ter condenado mais de 200 soldados ucranianos, prisioneiros de guerra, a longas penas de prisão quase dois anos após o início da ofensiva russa na Ucrânia. As autoridades acusam os militares, muitos dos quais se tornaram prisioneiros durante o cerco à cidade portuária de Mariupol, de abusos contra civis. A região caiu nas mãos das forças russas em maio de 2022, após um cerco de quase dois meses, e desde então tem sido ocupada pelo exército russo. Segundo Kiev, milhares de pessoas morreram na cidade.

Nos últimos meses, a Rússia tem multiplicado os julgamentos de prisioneiros, acusando-os de crimes de guerra, o que tem sido criticado por Kiev e por organizações de direitos humanos. Como resultado, a situação dos prisioneiros e das liberdades individuais na Rússia tem sido motivo de preocupação para a comunidade internacional.

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