O superintendente municipal de Iluminação Pública, Tácio Melo, teve a “ótima” ideia de gastar R$ 48 milhões em programa de computador para controlar lâmpadas em Maceió. O projeto é infame, mas tem nome atraente: “gestão energética completa das unidades consumidoras componentes do sistema de iluminação pública (SIP)”.
Segundo documentação, a contratação de empresa especializada em serviços de gestão energética deverá fornecer mão-de-obra e materiais, assessoria, auditoria, implantação de um canal permanente de relação com os contribuintes, ampliação e telegestão.
A justificativa do secretário é que: “a Gestão Completa do Sistema de Iluminação Pública não pode ser realizada em separado com a execução deste serviço, por conta das peculiaridades técnicas e logísticas aplicadas. E nem tampouco se mistura com a fiscalização, a qual será realizada por esta Superintendência de Energia e Iluminação Pública do Município”.
Os custos seriam retirados da polêmica taxa de Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). A intenção da Prefeitura é que o software controle o acionamento e funcionamento da iluminação em ruas, avenidas, praças ou em outros logradouros públicos, tais como vielas, becos, escadarias, viadutos, praças, passeios, ciclovias, parada de ônibus, faixada de prédios públicos, parques, pontes, áreas esportivas, monumentos naturais e históricos etc.
O Município de Maceió possui aproximadamente 73.462 unidades de Iluminação Pública (UIP) que se situam em ruas, avenidas, praças e logradouros especiais, instaladas predominantemente em braços e em topo de postes.
O número de UIP pode variar mensalmente em consequência de serviços de revitalização, ampliação ou de eficiência energética, sendo o número oficial de UIP com energia não medida aquele informado quando da apresentação das faturas mensais de consumo de energia elétrica pela concessionária local de distribuição de energia elétrica, e o número de UIP com energia medida aquele apurado pela SIMA.
Dentre as 73.462 UIP instaladas no município, menos de 3% dos pontos são controladas pelo sistema de telegestão, totalizando aproximadamente 2.500 UIPs. Taxa mensal paga à empresa deverá ser de R$ 4 milhões, dinheiro daria para adquirir 100 mil cesta básicas ou construir 80 casas populares por mês.
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