O Tribunal de Justiça de Goiás aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-GO) e tornou réus sete jogadores e outras sete pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados de apostas em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022. A decisão foi proferida pelo juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara de Repressão ao Crime Organizado e Lavagem de Capitais, na noite de quarta-feira (26).
Entre os jogadores citados na decisão estão Dadá Belmonte (América-MG), Alef Manga (Coritiba), Igor Carius (Sport), Jesus Trindade (uruguaio, ex-Coritiba), Pedrinho (ex-Athletico-PR, atualmente no Shakthar), Sidcley (ex-Cuiabá e atualmente no Dínamo de Kiev) e Thonny Anderson (ABC).
Além dos jogadores, outras sete pessoas também são réus no processo. Entre elas estão Bruno Lopez de Moura, conhecido como BL, Cleber Vinicius Rocha Antunes da Silva, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Romário Hugo dos Santos (o ex-jogador Romarinho), Thiago Chambó Andrade e Victor Yamasaki Fernandes (conhecido como Vitinho). Esses indivíduos serão investigados por supostos crimes previstos na Lei Geral do Esporte (LGE).
Os réus foram denunciados pelo MP-GO por condutas descritas na LGE, nos artigos 198 e 199, que tratam da solicitação, aceitação, dar ou prometer vantagem para alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. As penas podem variar de 2 a 6 anos de reclusão, além de multa.
Vale destacar que recentemente foi publicada uma medida provisória que inicia o processo de regulamentação das apostas esportivas de quota fixa, também conhecido como mercado de bets. O mercado, criado em 2018 pela Lei 13.756, tem um potencial de arrecadação anual de até R$12 bilhões. Após quatro anos sem regulamentação, esse passo traz um novo panorama para o setor das apostas esportivas no Brasil.
