Em vídeos compartilhados pelo próprio jogador em suas redes sociais, é possível ouvir claramente as injúrias homofóbicas direcionadas a ele. Anderson chegou a solicitar a interrupção da partida, mas, apesar de representantes da Confederação Brasileira de Vôlei estarem presentes, o jogo prosseguiu sem que os autores dos ataques fossem identificados.
Após o incidente, a Confederação Brasileira de Vôlei emitiu uma nota lamentando o ocorrido e informando que irá encaminhar o caso ao Ministério Público local, além de registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia de Recife.
Desde a sexta-feira seguinte (15), uma mensagem de áudio passou a ser veiculada antes das partidas da etapa em Recife, alertando que racismo, homofobia e demais atos discriminatórios são crimes e não são tolerados nos eventos de voleibol no Brasil. Durante as finais, a confederação promoveu uma ação na qual os atletas entraram em quadra segurando faixas com mensagens contra a homofobia e em apoio a Anderson, com os dizeres “Homofobia é Crime” e “A luta é de todos”.
A Comissão Nacional de Atletas de Vôlei de Praia também se pronunciou por meio de uma nota, repudiando veementemente qualquer ato de discriminação e exigindo que a Confederação Brasileira de Vôlei de Praia tome medidas em relação ao caso. A atitude de Anderson Melo e a mobilização das entidades esportivas mostram a importância de combater a homofobia e promover um ambiente de respeito e inclusão no esporte.