Especialistas preveem déficit de R$ 78,615 bilhões em 2024, segundo boletim Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda.

De acordo com os analistas de mercado consultados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, as projeções apontam que o governo brasileiro terá um déficit primário de R$ 78,615 bilhões em 2024. Essa estimativa representa uma melhora em relação ao documento anterior, de março, que previa um rombo de R$ 82,817 bilhões. Esses dados foram divulgados no boletim Prisma Fiscal deste mês, liberado na última sexta-feira, dia 12.

O governo tem como meta eliminar o déficit neste ano por meio do novo arcabouço fiscal aprovado no ano passado. Embora a Lei Orçamentária Anual de 2024 apontasse um pequeno superávit de R$ 2,8 bilhões para este ano, o relatório bimestral de despesas e receitas de março revisou essa projeção para um déficit de R$ 9,3 bilhões, equivalente a 0,1% do PIB.

Para o ano de 2025, a previsão dos analistas é de um déficit de R$ 83,450 bilhões, enquanto no mês anterior essa estimativa era de R$ 86,541 bilhões. O novo arcabouço fiscal estabelece como objetivo um superávit equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, mas o governo tem a possibilidade de revisar esse indicador para um valor entre 0% e 0,25% do PIB, decisão que será incluída no projeto de lei de diretrizes orçamentárias de 2025, a ser encaminhado ao Congresso até a próxima segunda-feira, dia 15.

Uma das principais propostas da nova regra fiscal é buscar superávits primários a partir de um resultado neutro em 2024, substituindo o antigo teto de gastos por regras mais flexíveis para as despesas do governo. Dessa forma, os gastos só poderão crescer em até 70% do aumento da receita, dentro de uma faixa que varia de 0,6% a 2,5% acima da inflação.

Segundo o Prisma Fiscal deste mês, as previsões do mercado para as receitas federais em 2024 foram revisadas para cima, passando de R$ 2,565 trilhões para R$ 2,588 trilhões. Para o ano seguinte, a projeção de arrecadação subiu de R$ 2,706 trilhões para R$ 2,732 trilhões.

Quanto à receita líquida do Governo Central, a estimativa para este ano subiu de R$ 2,100 trilhões para R$ 2,103 trilhões, e para 2025 passou de R$ 2,211 trilhões para R$ 2,222 trilhões. Já em relação às despesas totais do Governo Central, a projeção para 2024 caiu de R$ 2,180 trilhões para R$ 2,179 trilhões, e para 2025, a estimativa também recuou de R$ 2,304 trilhões para R$ 2,297 trilhões.

A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral em 2024 passou de 77,50% do PIB no mês anterior para 77,45% do PIB no relatório divulgado recentemente. Já para 2025, a expectativa caiu de 80,09% para 79,94% do PIB, na mesma comparação. Esses números refletem a preocupação e a necessidade de ajustes fiscais por parte do governo para garantir a saúde econômica do país nos próximos anos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo