Segundo o IMA, a suspensão da autorização ambiental inclui a revitalização da Praça Moreno Brandão e seu entorno, reforma e ampliação da praça e construção de uma ciclovia. A grande preocupação das autoridades está relacionada ao desrespeito às normas ambientais e a falta de transparência na utilização dos recursos financeiros.
O projeto, que já consumiu cerca de R$ 9,5 milhões em sua primeira etapa, com recursos provenientes do deputado Marx Beltrão, e mais R$ 5,5 milhões na segunda etapa, também provenientes do mesmo deputado, ficou paralisado por dois anos, enquanto os recursos desapareceram. No entanto, recentemente, as obras foram retomadas, afastando-se do projeto original e utilizando recursos próprios não declarados.
Diante de tantas irregularidades, a obra agora se encontra sob intensa investigação. A acusação de reinício das obras sem transparência financeira e sem respeitar as normas ambientais levanta um grave questionamento sobre a administração dos fundos públicos e a responsabilidade ambiental na gestão de projetos urbanos.
O não atendimento a uma intimação do IMA, somado à retomada das obras de maneira não regulamentada, levanta suspeitas de negligência e possível má gestão por parte dos responsáveis pelo projeto. A suspensão pela autoridade ambiental destaca o risco iminente que tais ações podem representar para o meio ambiente e para a segurança da população local.
A comunidade de Palmeira dos Índios e os observadores da gestão pública aguardam respostas. Exige-se uma investigação completa e transparente para esclarecer como um projeto de tal magnitude pôde operar com tantas falhas e o que será feito para corrigir os danos causados e prevenir futuras transgressões.
Este caso não é apenas uma questão local; ele reflete uma preocupação maior com a integridade e sustentabilidade das políticas de desenvolvimento urbano. A situação na Praça Moreno Brandão e no Açude do Goití serve como um alerta para outras cidades e projetos, sublinhando a importância da supervisão rigorosa, transparência e responsabilidade ambiental. O escândalo das obras nessas localidades serve como um exemplo para que sejam tomadas medidas cautelares em projetos futuros.