Equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia avaliam rompimento de mina da Braskem em Maceió provável início de colapso total.

Equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia realizaram uma avaliação dos dados fornecidos pela Defesa Civil de Maceió após o recente rompimento da mina 18, da Braskem, em Mutange, registrada no domingo, 10. Segundo o Ministério, o “incidente foi localizado, sem danos maiores aparentes”, porém especialistas alertam que a situação pode ser um sinal do início do rompimento total.

As autoridades seguem monitorando a situação em conjunto com as autoridades locais e estão trabalhando ativamente para minimizar o impacto sobre a população. Até o momento, não há informações sobre feridos, e as áreas afetadas permanecem desocupadas.

O Serviço Geológico do Brasil e a Agência Nacional de Mineração também participaram da análise dos dados e confirmaram que as áreas adjacentes, das demais minas, não apresentam indícios de instabilidade. O evento ocorreu após um aumento na velocidade de subsidência do solo nas últimas 48 horas.

Por outro lado, especialistas como o professor Dilson Ferreira, da Universidade Federal de Alagoas, alertam que a movimentação observada pode indicar o início do colapso total da mina e o risco de impacto nas outras minas da região. Há 35 minas no total, e a possibilidade de desmoronamentos adicionais ainda preocupa. A engenheira geóloga Regla Toujaguez também enfatiza que o rompimento não significa o colapso completo da mina, mas sim o início desse processo.

Por sua vez, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, assegurou que não há indícios de novos abalos e destacou que os danos ambientais só poderão ser totalmente avaliados após o evento. Ele planeja discutir os próximos passos com o governador Paulo Dantas e outros representantes dos municípios da Região Metropolitana de Maceió.

Entretanto, o professor Abel Galindo, que anos atrás alertou sobre a possibilidade de desabamento de uma das minas da Braskem, aponta que a turbulência observada no domingo resultou no desmoronamento da mina 18. De acordo com ele, a mina agora está cheia de rochas e pedras.

A Braskem informou que o sistema de monitoramento de solo identificou a movimentação e que a empresa está colaborando com as autoridades para lidar com a situação. Imagens divulgadas pela Prefeitura mostram que a água da Lagoa Mundaú está entrando na mina, mas não há risco para a população devido à desocupação da área.

Diante da situação, as preocupações dos especialistas alertam para a necessidade de maior transparência e comunicação sobre a evolução e as medidas adotadas em relação ao rompimento, visando a segurança e bem-estar da população. O monitoramento da situação permanece em andamento, enquanto as autoridades buscam encontrar a melhor forma de lidar com os desafios causados pelo incidente.

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