Essa medida, prevista pela constituição do país, permite que o presidente mantenha o estado de emergência por até 90 dias contínuos. Desde o início do ano, o Equador enfrenta uma onda de violência desencadeada pela fuga de Fito, que cumpria uma longa pena por crimes graves como homicídio, tráfico de drogas e crime organizado.
Como parte da operação para lidar com a situação, diversas autoridades foram detidas sob a acusação de terem supostos vínculos com o narcotráfico. Além disso, o governo equatoriano decidiu aumentar impostos para financiar o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas.
A prorrogação do estado de exceção se deu devido à “grave comoção interna” e ao “conflito armado interno” que o país enfrenta. Inicialmente, o estado de emergência também incluía um toque de recolher das 23h às 5h, porém, devido à queda no número de homicídios durante as primeiras semanas da operação, o governo flexibilizou essa restrição em algumas regiões.
Além disso, o presidente ganhou o poder de suspender direitos, como a inviolabilidade da correspondência, com o objetivo de identificar condutas ilícitas. A situação se agravou com a fuga de líderes criminosos e a crescente presença de cartéis de drogas no país, tornando o Equador uma importante rota para o narcotráfico na América Latina.
Diante desse cenário, as autoridades equatorianas têm intensificado suas ações para combater o crime organizado e restaurar a segurança no país. A persistência da crise no sistema penitenciário, evidenciada pela fuga de Fito e o histórico de confrontos entre facções dentro das prisões, exige uma resposta rápida e eficaz por parte do governo para controlar a situação e garantir a tranquilidade da população equatoriana.