De acordo com o The New York Times, imagens de circuito de segurança mostram Bolsonaro nas instalações da embaixada no dia 8 de fevereiro, acompanhado por dois seguranças. O ex-presidente teria permanecido na embaixada nos dias seguintes, acompanhado do embaixador húngaro e de membros da equipe diplomática. A estadia de Bolsonaro na embaixada levanta questões sobre sua intenção de buscar refúgio diplomático para evitar processos judiciais em seu país.
O jornal americano analisou imagens de câmeras de segurança que mostram a chegada e a partida de Bolsonaro da embaixada da Hungria. A estadia do ex-presidente no local demonstra sua proximidade com o primeiro-ministro Viktor Orban, da Hungria, levantando suspeitas sobre uma possível influência política tentando protegê-lo de investigações criminais em curso no Brasil.
Um funcionário da embaixada húngara confirmou que Bolsonaro estava planejando sua estadia na embaixada, mas tanto o advogado do ex-presidente quanto a própria embaixada preferiram não comentar sobre o assunto. A relação entre Bolsonaro e Orban é descrita como próxima, com declarações de apoio mútuo em eventos políticos recentes na América Latina.
Essa situação levanta questionamentos sobre a influência de líderes estrangeiros em assuntos políticos internos do Brasil e ressalta a importância das relações diplomáticas nesse contexto. O Ministério das Relações Exteriores segue acompanhando de perto as repercussões desse episódio e mantém diálogo com as partes envolvidas para esclarecer os acontecimentos e garantir a transparência nas relações internacionais.