Eletrobras e BTG Pactual se destacam em leilão de transmissão com deságio de 40,78% e economia de R$30 bilhões para o consumidor.

Na última quinta-feira, 28, a B3 em São Paulo foi palco do primeiro leilão de transmissão do ano, que teve como grandes vencedores a Eletrobras e o BTG Pactual. Todos os 15 lotes colocados pelo governo foram licitados, resultando em uma contratação dos projetos com uma Receita Anual Permitida (RAP) somada de R$ 1,77 bilhão, representando um deságio médio de 40,78% em relação à RAP máxima estabelecida em R$ 2,989 bilhões.

O desconto alcançado com a disputa foi de aproximadamente R$ 1,219 bilhão, o que segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), resultará em uma economia de R$ 30,178 bilhões para os consumidores ao longo dos 30 anos de concessão dos projetos.

A presença de pelo menos 12 empresas no leilão demonstrou a forte competição, mesmo com a ausência de grandes nomes do setor, como Isa Cteep, Taesa, Cemig e Copel. Destaque para a Eletrobras, por meio de sua subsidiária Eletronorte, que arrematou quatro lotes e se comprometeu com um investimento de R$ 5,59 bilhões. Já o BTG Pactual, por meio do Fundo de Investimento em Participações Development Warehouse, levou três lotes e terá que investir aproximadamente R$ 6,49 bilhões.

Outra empresa que se destacou foi a portuguesa EDP, que ficou com três lotes nos estados do Piauí, Bahia e Tocantins, totalizando uma RAP de R$ 288,4 milhões. A Energisa também garantiu sua participação ao arrematar um lote entre o Maranhão e Piauí, com uma RAP de R$ 112,5 milhões e investimento previsto de R$ 932,5 milhões.

Além das empresas mencionadas, a Alupar, a Cox e outras empresas menos conhecidas no setor elétrico também conseguiram seus ativos. Essa diversidade de participantes demonstra o interesse e competitividade do mercado de transmissão de energia no Brasil.

Ao todo, foram licitados 6.464 quilômetros de novas linhas de transmissão e 9.200 MVA em capacidade de conversão em subestações, totalizando 69 ativos entre linhas de transmissão e subestações em 14 Estados brasileiros. A previsão é que a construção dos empreendimentos exigirá investimentos da ordem de R$ 18,2 bilhões, com concessões válidas por 30 anos.

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