O consulado viu uma aglomeração de pessoas por volta do meio-dia, formando uma fila que contava com famílias, casais idosos, turistas e jovens, todos com o propósito de exercer seu direito ao voto e expressar sua posição em relação ao atual governo. Entre os presentes, Kristina, moradora de Niterói, compartilhou sua motivação em participar do processo eleitoral, enfatizando a importância de se manifestar e apoiar ideias divergentes.
Dentro do consulado, onde a votação aconteceu, medidas de segurança foram reforçadas, incluindo um detector de metais na entrada. O clima de tensão era agravado pelos incidentes registrados em seções eleitorais na Rússia, como o uso de substâncias em cédulas e até mesmo atos de violência física. Apesar disso, no Rio de Janeiro, a votação transcorreu sem maiores problemas, com apenas um ato de protesto visível diante do consulado.
Este ato foi realizado por Denis, um pintor residente na cidade há nove anos, que posicionou uma tela com os dizeres provocativos “ei, Putin, vai tomar no c*”, expressando sua insatisfação com a situação política atual. O clima de apreensão, com a presença policial acompanhando de perto a manifestação, refletiu a polarização de opiniões entre os russos no exterior em relação ao governo de Putin.
Este episódio eleitoral no consulado ruidosamente silenciado pela disparidade dos votos expressa um panorama complexo da política russa, alimentando discussões sobre legitimidade, representatividade e democracia no país. A voz dos cidadãos russos no exterior ecoa em meio a um cenário de incertezas e desafios para o governo de Putin, que, apesar da reeleição, não passa despercebido diante de questionamentos e contestações.
