Eleições em El Salvador: Presidente Nayib Bukele é favorito para reeleição em meio a polêmicas constitucionais e estado policial.

Os salvadorenhos compareceram às urnas neste domingo para participar das eleições presidenciais e legislativas, com o atual presidente Nayib Bukele aparecendo como o grande favorito para conquistar um novo mandato. Com mais de 6,2 milhões de eleitores esperados, as seções eleitorais abriram às 7h locais e fecharão dez horas depois, de acordo com o Tribunal Supremo Eleitoral.

Nessas eleições, espera-se que os eleitores concedam a Bukele e ao seu partido, o Novas Ideias, uma vitória esmagadora, consolidando o controle do presidente sobre todas as esferas do governo. Análises apontam que o líder de 42 anos conquistou uma façanha que parecia impossível: dizimar as gangues que tornaram El Salvador um dos lugares mais perigosos do mundo.

Desde que assumiu o poder em 2019, Bukele prendeu milhares de pessoas, suspendeu as liberdades civis indefinidamente e aumentou a presença de soldados nas ruas. Apesar da repressão que se seguiu, os resultados obtidos foram significativos para o país, que durante mais de duas décadas foi atormentado pelas gangues, causando estragos na economia e levando a uma onda de migração para os EUA.

Para o candidato a vice na chapa de Bukele, Félix Ulloa, o sistema democrático que existiu por anos em El Salvador só beneficiou políticos corruptos e deixou o país com milhares de mortos. Caso vença, Bukele se juntará a uma lista de líderes globais que venceram eleições consecutivas, apesar das acusações de abalar as bases democráticas.

O atual presidente e candidato à reeleição é acusado de violar a Constituição ao buscar mais um mandato, mas seus defensores argumentam que a maior parte do país quer Bukele como “presidente eterno”. Após um estado de emergência e uma série de prisões sem o devido processo, que resultaram na diminuição da violência e das extorsões, o apoio popular ao governo de Bukele permanece significativo.

O atual presidente também conseguiu angariar simpatizantes em outros países da região, como Equador, onde o presidente Rafael Noboa prometeu construir prisões como as de El Salvador. Enquanto isso, apenas cinco candidatos da oposição competem nas urnas, com o partido do governista centrando sua campanha em promessas de um presidente mais ativo e na estratégia do medo.

Não faltam controvérsias em torno da presidência de Bukele, com relatos de negociações com líderes de gangues para reduzir os índices de homicídios em troca de benefícios na prisão, além de acusações de ajudar um chefe da gangue MS-13 a fugir do país. No entanto, o apoio do presidente permanece forte entre a população de El Salvador e ao redor do Hemisfério Ocidental.

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