Durante uma reunião da Comissão de Educação do Senado, o ministro afirmou que uma nova proposta será apresentada na sexta-feira (19) para tentar encerrar o movimento grevista. Santana ressaltou que o Ministério da Educação não tem condições de, por conta própria, aumentar a proposta para os servidores devido às limitações orçamentárias, por isso a necessidade de uma complementação orçamentária.
O anúncio oficial do valor reservado para os professores e técnicos administrativos das instituições federais de ensino será feito pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que está liderando as negociações com os servidores. Santana destacou que, após seis anos sem reajuste, o governo concedeu um aumento de 9% para toda a administração pública no primeiro ano.
O ministro lamentou os impactos negativos da greve tanto para o Brasil quanto para os alunos, ressaltando que o diálogo é essencial para evitar a paralisação das atividades. Segundo Santana, o prejuízo causado pela greve ocorre quando não há mais possibilidades de negociação e melhorias para ambas as partes envolvidas.
A greve, iniciada no dia 3, já conta com a adesão de pelo menos 360 unidades de ensino, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. As demandas incluem recomposição salarial e reestruturação das carreiras técnico-administrativas e docentes. Já os professores das universidades federais rejeitaram a proposta do governo e entraram em greve nacional em busca de um reajuste de 22,71% em três parcelas anuais de 7,06%. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) criticou a proposta governamental de reajuste salarial zero e destacou outros benefícios oferecidos pelo governo.