Durante um evento no dia 17 de fevereiro, o governador enfatizou a importância de usar a tecnologia para auxiliar na missão educacional, sem preconceitos contra sua utilização. Ele ressaltou que os conteúdos desenvolvidos pela inteligência artificial passarão por uma revisão e avaliação dos professores antes de serem entregues aos estudantes.
No ano passado, o governo paulista enfrentou problemas com os materiais digitais escolares, quando foram identificados erros graves nos slides utilizados pela rede estadual de educação. Em um dos incidentes, houve uma informação equivocada sobre a assinatura da Lei Áurea por Dom Pedro II em 1888, quando na verdade foi a Princesa Isabel quem assinou a lei. Outro equívoco mencionava que o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade era transmitido pela água.
O uso do ChatGPT na elaboração de conteúdo digital foi criticado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A presidenta da entidade, Professora Bebel, argumentou que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) devem ser auxiliares no processo educativo e não substituir o trabalho dos professores. Ela protocolou uma representação no Ministério Público Estadual contra essa iniciativa e convocou uma assembleia da categoria para discutir o assunto.
Diante desse cenário, a utilização da inteligência artificial na criação de aulas digitais permanece como uma questão controversa e sujeita a debates entre os educadores e o governo do estado de São Paulo.
