Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa, as variações estão muito próximas a zero desde fevereiro, mostrando um retorno ao comportamento anterior a 2020, após as variações mais acentuadas observadas no período da pandemia. Ele acrescentou que, mesmo que o cenário de médio prazo esteja positivo, com crescimento nos acumulados do ano e de 12 meses, tanto o resultado de outubro, quanto o comportamento do varejo, ainda estão mais tímidos do que o padrão pré covid-19.
Apesar da queda em outubro, o comércio teve resultados positivos em outras formas de comparação: 0,1% na média móvel trimestral, 0,2% na comparação com outubro do ano passado, 1,6% no acumulado do ano e 1,5% no acumulado de 12 meses.
No entanto, a queda de 0,3% no mês de outubro foi puxada por recuos em cinco das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, incluindo equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, tecidos, vestuário e calçados, hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, combustíveis e lubrificantes, e móveis e eletrodomésticos. Apenas três atividades tiveram alta no varejo em outubro: livros, jornais, revistas e papelaria, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Em relação à receita nominal do varejo, houve um recuo de 0,1% em comparação com setembro deste ano, mas um crescimento de 1,9% em relação a outubro de 2022, e 4% no acumulado do ano.
Já o varejo ampliado, que inclui os setores de veículos, peças e materiais de construção, teve altas no volume de vendas de setembro para outubro. Os veículos, motos, partes e peças apresentaram altas de 0,3% em relação ao mês anterior e 10,5% na comparação com outubro do ano passado, enquanto os materiais de construção tiveram altas de 2,8% na comparação com setembro e de 6,4% em relação a outubro de 2022. No entanto, acumulam quedas de 2,1% no ano e de 3,4% no acumulado de 12 meses.