Cristiano Santos, responsável pela pesquisa, explica que após um aumento de 0,7% em julho, o resultado de agosto é de estabilidade, com uma variação de baixa amplitude. Em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas registraram um crescimento de 2,3%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, houve um aumento de 1,7%.
dos oito setores pesquisados, metade apresentou números negativos. Os setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%), móveis e eletrodomésticos (-2,2%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,4%) foram os que mais tiveram quedas. Esses dados podem ser contextualizados com as crises contábeis enfrentadas pelas grandes cadeias de lojas este ano, o que resultou na redução do número de unidades.
No entanto, alguns setores apresentaram resultados positivos. Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), combustíveis e lubrificantes (0,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,1%) registraram variações positivas.
De acordo com o pesquisador do IBGE, a terceira alta consecutiva nos setores de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo está relacionada à desaceleração da inflação na parte alimentícia. A diminuição dos preços dos alimentos influencia diretamente a atividade econômica, proporcionando uma maior renda para os consumidores adquirirem produtos.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, as vendas apresentaram uma queda de 1,3% em relação a julho. No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, houve um crescimento de 2,7% nesse segmento.
Esses números refletem o atual cenário econômico do país, evidenciando a importância de monitorar o desempenho do comércio brasileiro e suas variáveis para compreender melhor a dinâmica do mercado varejista.