O interesse dos investidores se concentrou principalmente nos títulos corrigidos pela Selic, a taxa básica de juros, que representaram 62,8% do total. Isso se justifica pelo alto nível da taxa Selic, que teve um aumento significativo ao longo do ano de 2021. Mesmo com a expectativa de queda dos juros básicos neste semestre, os investidores continuam a comprar esses títulos, demonstrando confiança na rentabilidade desses ativos.
Os títulos vinculados à inflação (IPCA) tiveram participação de 26,1% nas vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, representaram 11,1%. O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 125 bilhões no fim de outubro, com aumento de 1,3% em comparação com o mês anterior e de 23,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, o número de investidores atingiu 26.161.352, um aumento de 21,3% nos últimos 12 meses. A procura do Tesouro Direto por pequenos investidores foi evidenciada pelo número considerável de vendas até R$ 5 mil, que representaram 84,3% do total de 582.581 operações ocorridas em outubro.
Os papéis de médio prazo foram os mais procurados, representando 32,4% das vendas, seguidos pelos títulos com prazo de cinco a dez anos, que alcançaram 49,7% do total. Os títulos de mais de dez anos de prazo representaram 17,9% das vendas.
O Tesouro Direto, criado em 2002, permite que pessoas físicas adquiram títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Mais informações sobre o balanço completo do Tesouro Direto podem ser encontradas no site do Tesouro Nacional.