O crédito rotativo, que dura 30 dias e é utilizado quando o consumidor não consegue pagar o valor integral da fatura do cartão, acarreta juros sobre o valor em aberto. Mesmo com a entrada em vigor da lei que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida, a medida não afetou a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito. Isso porque a lei se aplica apenas a novos financiamentos e não teve impacto na apuração estatística de março.
Além do aumento nos juros do rotativo, a taxa média de juros no crédito com recursos livres às pessoas físicas ficou em 53,4% ao ano, com um acréscimo de 0,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior e uma redução de 5,2 pontos percentuais em 12 meses. O saldo do crédito livre às pessoas físicas teve um crescimento de 0,4% em março e de 8,2% em 12 meses, com destaque para os incrementos nas carteiras de financiamento para a aquisição de veículos, crédito pessoal não consignado e consignado para beneficiários do INSS.
No segmento de empresas, a taxa média de juros ficou em 20,9% ao ano, com uma queda mensal de 0,5 pontos percentuais. O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional atingiu R$ 5,9 trilhões em março, com um crescimento mensal de 1,2%. A inadimplência da carteira de crédito total situou-se em 3,2% em março, mantendo-se estável em relação ao mês anterior e em 12 meses.
O cenário econômico segue se ajustando às alterações nas taxas de juros e no volume de crédito disponível, refletindo os impactos das medidas adotadas para o setor financeiro. A expectativa é que as taxas de juros e o acesso ao crédito continuem influenciando o comportamento dos consumidores e das empresas nos próximos meses.
