ECONOMIA – Tarifas de importação de produtos de aço voltam a subir a partir de outubro, após redução temporária.

Uma decisão tomada pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) resultará no aumento das tarifas de importação de 12 produtos de aço que estavam com redução de 10% desde o ano passado. Originalmente prevista para terminar no dia 1º de janeiro, a diminuição das alíquotas será suspensa a partir de 1º de outubro, voltando aos níveis anteriores de 9,6% a 12,8%.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a medida visa atender aos fabricantes nacionais de aço, que enfrentam dificuldades para competir com os produtores estrangeiros, especialmente de países como a China. Nos últimos anos, diversos governos, como México e Estados Unidos, elevaram suas tarifas de importação para proteger suas indústrias do aço, levando a um aumento nas importações brasileiras devido aos preços competitivos oferecidos pelos países asiáticos.

Os 12 produtos que terão suas tarifas elevadas são: bobinas grossas, bobinas a quente (três tipos), bobinas a frio (dois tipos), chapas galvanizadas, chapas revestidas de alumínio e zinco, fios-máquina, barra inox a frio e tubos sem costura (dois tipos).

O MDIC informou que, somente no primeiro semestre deste ano, o Brasil importou 1,5 milhão de toneladas desses produtos, um aumento de até 714% em relação ao mesmo período de 2022, dependendo do item.

Além disso, na próxima reunião do Gecex, que acontecerá em outubro, será avaliado o pedido do Ministério da Saúde para a exclusão de 221 produtos da Lista Covid, criada no início da pandemia para facilitar a importação de insumos para o combate à doença com tarifas reduzidas. O Ministério solicitou a manutenção de apenas oito dos 229 itens originais na lista, incluindo medicamentos e dispositivos médicos.

Essa decisão visa adequar a lista às necessidades atuais do enfrentamento da pandemia, garantindo a continuidade do acesso aos produtos essenciais para a saúde da população.

É importante ressaltar que essas mudanças nas tarifas de importação têm como objetivo equilibrar a competição no mercado brasileiro, proteger a indústria nacional e garantir a disponibilidade de produtos necessários para a saúde da população durante a crise sanitária que estamos enfrentando.

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