O valor negativo registrado foi ligeiramente inferior ao do mesmo período em 2022, quando os brasileiros sacaram R$ 5,9 bilhões a mais do que depositaram na poupança. Comparado ao mês anterior, a diferença foi ainda maior, com uma saída líquida de R$ 10,1 bilhões em agosto de 2023.
No mês passado, foram aplicados R$ 306,15 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 311,99 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança alcançaram a marca de R$ 6,15 bilhões.
Com os resultados de setembro, a poupança acumula uma retirada líquida de R$ 86,13 bilhões no ano. Em 2022, houve um recorde de fuga líquida da poupança no valor de R$ 103,24 bilhões, devido à alta inflação e ao endividamento elevado. Apesar do aumento da taxa Selic, que fez com que os rendimentos superassem a inflação, outras opções de investimento de renda fixa continuam mais atrativas do que a poupança.
Por outro lado, em 2020, a poupança registrou um recorde de captação líquida no valor de R$ 166,31 bilhões. Esse resultado foi influenciado pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.
Os dados evidenciam a preferência dos investidores por alternativas de investimento mais rentáveis. A caderneta de poupança tem apresentado retornos menores em comparação com outras opções de renda fixa, o que tem levado os brasileiros a buscar alternativas no mercado financeiro.
É importante ressaltar que esses números são reais e refletem a situação atual da caderneta de poupança no país. A queda no saldo da poupança por três meses consecutivos pode indicar uma tendência de mudança dos hábitos de investimento da população. Resta acompanhar os próximos meses para analisar se essa tendência se mantém e as possíveis implicações disso para a economia brasileira.
