A variação interanual desse saldo foi influenciada pelo aumento do superávit comercial em R$ 1,2 bilhão e a redução do déficit em renda primária em R$ 343 milhões, contribuindo para a melhora do resultado. Em contrapartida, houve um aumento nos déficits em serviços, que atingiram US$ 1,5 bilhão.
No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro, o déficit em transações correntes foi de US$ 24,705 bilhões, representando 1,11% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Esse valor é ligeiramente menor do que o déficit registrado nos 12 meses anteriores, que foi de US$ 24,687 bilhões.
O Banco Central ressaltou que as transações correntes apresentam um cenário robusto, com déficits decrescentes e baixos, principalmente devido aos resultados positivos da balança comercial. No entanto, em fevereiro de 2024, o déficit total foi de US$ 9,472 bilhões, contra um saldo negativo de US$ 13,318 bilhões no mesmo período de 2023.
No que diz respeito à balança comercial, as exportações de bens totalizaram US$ 23,855 bilhões em fevereiro, um aumento de 12,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já as importações somaram US$ 20,415 bilhões, um aumento de 7,3% na comparação interanual. Com esses resultados, o superávit comercial foi de US$ 3,440 bilhões em fevereiro, ante US$ 2,247 bilhões no mesmo período de 2023.
Além disso, o déficit na conta de serviços chegou a US$ 3,669 bilhões em fevereiro, destacando-se o aumento nas despesas em viagens, transporte e aluguel de equipamentos. O cenário econômico internacional e os impactos da pandemia de Covid-19 continuam a influenciar as transações externas do Brasil, que busca alternativas para equilibrar suas contas e atrair investimentos para o país.