De acordo com a Anefac, a redução na taxa Selic resultará em uma queda de apenas 0,99 ponto percentual nas taxas médias de juros para pessoas físicas e jurídicas. Isso significa que o tomador de novos empréstimos sentirá pouco os efeitos do afrouxamento monetário, devido à grande disparidade entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo.
Para quem planeja fazer um financiamento de bens de consumo, como uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, a diferença no valor das prestações será de apenas R$ 0,39 e a economia total será de R$ 4,63 com a nova taxa Selic. Já para quem utiliza o cheque especial, a redução será de R$ 0,27 a cada R$ 1 mil por 20 dias. No caso do rotativo do cartão de crédito, a economia será de R$ 1,20 ao utilizar R$ 3 mil por 30 dias.
No entanto, a Anefac destaca que a poupança rende mais que os fundos de investimento apenas em situações específicas, como quando o prazo da aplicação é curto e a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta. Em cenários nos quais a taxa de administração dos fundos é de 2,5% ao ano, a poupança rende o mesmo que os fundos apenas quando o dinheiro permanece aplicado por mais de dois anos.
Isso ocorre porque, apesar de ser isenta de tributos, a poupança rende apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR). Essa situação se mantém desde dezembro de 2021, quando a Selic ultrapassou a marca de 8,5% ao ano.
Apesar da redução da taxa Selic, a Anefac aponta que o impacto no bolso do consumidor e na competitividade dos investimentos será limitado, considerando a diferença expressiva entre a taxa básica de juros e as taxas reais cobradas no mercado.
