ECONOMIA – “Redução da taxa Selic para 11,25% ao ano terá pouco impacto no barateamento do crédito, aponta Anefac”

A redução da taxa Selic para 11,25% ao ano, decidida pelo Banco Central nesta quarta-feira (31), terá pouco impacto no barateamento do crédito e das prestações, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Isso se dá devido à grande diferença entre a taxa básica e os juros efetivos de prazos mais longos, o que diluirá o impacto na ponta final.

Segundo a Anefac, o juro médio para pessoas físicas passará de 121,29% para 120,30% ao ano, enquanto para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 57,84% para 57,11% ao ano. Com a Selic passando de 11,75% para 11,25% ao ano, os efeitos do afrouxamento monetário será pouco sentido pelo tomador de novos empréstimos.

Na prática, isso significa que o consumidor que financia uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações desembolsará apenas R$ 0,39 a menos por prestação e R$ 4,62 a menos no valor final com a nova taxa Selic. Já em um empréstimo de R$ 5 mil por 12 meses, o cliente pagará R$ 1,23 a menos por prestação e R$ 14,79 a menos no total após o pagamento da última parcela.

No entanto, a Anefac alerta que a poupança rende mais que os fundos de investimento apenas em cenários específicos, como quando a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta. Mesmo com a cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração, os fundos de investimento continuam vantajosos. Isso se deve ao fato de que, apesar de ser isenta de tributos, a poupança rende apenas 6,17% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), o que ocorre desde dezembro de 2021.

Dessa forma, a redução da Selic pode não significar um grande impacto imediato para o consumidor, principalmente nos produtos de crédito de prazo mais longo. Apesar da diminuição da taxa básica, os juros efetivos ainda seguem em patamares elevados, o que limita o efeito do afrouxamento monetário.

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