A redução esperada para 2024 é impulsionada, principalmente, pelas lavouras de soja e milho, que devem apresentar quedas de 1,3% e 5,6%, respectivamente, tanto na produção quanto na área colhida. As condições climáticas adversas, como o excesso de chuvas na Região Sul e a seca no Norte, estão impactando o plantio da nova safra em algumas regiões do país, o que pode atrasar a colheita e o plantio da segunda safra.
No entanto, a cultura do arroz é uma exceção, com previsão de um aumento de 2,5% na produção e de 4,5% na área colhida. De acordo com o pesquisador do IBGE Carlos Barradas, o cenário climático incerto está trazendo maior insegurança para a safra de 2024.
Por outro lado, a safra de 2023 deverá ser recorde, com uma produção de 317 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 20,6% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é impulsionado pelas altas de produção nas lavouras de soja (27%) e milho (19,5%), apesar da queda na produção de arroz (4%).
Portanto, as perspectivas para a produção agrícola no Brasil indicam um cenário desafiador para o próximo ano, com expectativa de quedas na produção de importantes culturas como soja e milho. A instabilidade climática é apontada como um dos principais fatores que contribuem para essa projeção menos otimista para a safra de 2024.
