No acumulado do ano, o IPCA-15 apresentou um aumento de 4,30% e nos últimos 12 meses, a taxa chega a 4,84%. De acordo com a pesquisa, o grupo de despesas que mais se destacou foi o de alimentação e bebidas, com aumento de 0,82% na prévia da inflação oficial de novembro.
A alta nos preços dos alimentos foi impulsionada principalmente pelos aumentos nos custos de cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Este é o primeiro aumento nos preços dos alimentos desde maio deste ano, representando uma alta de preços significativa após cinco meses.
Outros grupos de despesas que apresentaram aumento de preços relevantes na prévia de novembro foram despesas pessoais, com uma alta de 0,52%, e transporte, com aumento de 0,18%. O aumento do custo do pacote turístico (2,04%), hospedagem (1,27%) e serviço bancário (0,63%) contribuíram para a alta das despesas pessoais, enquanto a passagem aérea (19,03%) e táxi (2,60%) impulsionaram o aumento no grupo de transporte.
A comunicação foi o único grupo a apresentar deflação, com queda de preços de -0,22%, enquanto os demais grupos, como vestuário, artigos de residência, habitação, saúde e cuidados pessoais, e educação, registraram taxas de inflação entre 0,03% e 0,55%.
O IPCA-15 é uma prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é utilizado pelo Banco Central para monitorar a inflação e definir a taxa básica de juros. A variação dos preços é um indicador importante para medir a perda do poder de compra da população e também afeta as decisões de consumo e investimento. A divulgação destes números pelo IBGE é aguardada com atenção pelo mercado financeiro e pelos consumidores, pois influencia diretamente nas políticas econômicas e no planejamento financeiro das famílias.
