ECONOMIA – Petrobras aprova Plano Estratégico 2024-2028 com investimentos de 102 bilhões de dólares e foco na integração energética.

Conselho de Administração da Petrobras aprova plano estratégico para 2024-2028
Na última quinta-feira, 23 de setembro, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o novo Plano Estratégico para o período de 2024-2028. Os investimentos previstos para esse quinquênio totalizarão 102 bilhões de dólares, representando um crescimento de 31% em relação ao período anterior. Segundo a companhia, o principal objetivo desse plano é iniciar a integração de fontes energéticas visando realizar uma transição energética “justa e responsável”.

De acordo com as projeções desse novo plano, aproximadamente 60% da geração de caixa da Petrobras será destinada à sociedade na forma de tributos e pagamentos à União, estados e municípios. Esse aumento nos investimentos é justificado pelas aquisições potenciais, ativos que retornaram à carteira da companhia e a inflação de custos. O limite da dívida bruta da Petrobras continuará estabelecido em 65 bilhões de dólares.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, afirmou que o aumento nos investimentos totais da companhia foi realizado com responsabilidade, mantendo o endividamento sob controle. Ele ressaltou também o compromisso com investimentos em energias de baixo carbono, visando a geração de valor a longo prazo. Prates destacou a intenção da Petrobras em realizar a transição energética de maneira gradual, responsável e crescente, investindo em novas energias, sem abandonar de forma abrupta a produção de petróleo.

A divisão dos investimentos previstos para o período de 2024-2028 destinará cerca de 91 bilhões de dólares para projetos de implantação e 11 bilhões para projetos em avaliação. Essa divisão reflete o compromisso da companhia com a transparência e a governança. A maior parte dos recursos, 72%, será destinada para a exploração e produção, 16% para refino, transporte e comercialização, 9% para gás e energias de baixo carbono e 3% para o segmento corporativo.

No segmento de exploração e produção, está previsto um investimento de 73 bilhões de dólares, com 67% destinados ao pré-sal. A companhia justifica esse montante, destacando a competitividade econômica e ambiental, que resulta em uma produção de óleo de melhor qualidade e menores emissões de gases de efeito estufa.

Já no segmento de gás e energias de baixo carbono, está previsto um investimento de 3 bilhões de dólares. Entre as prioridades da Petrobras nesse segmento está a ampliação da infraestrutura e do portfólio de ofertas de gás natural, com projetos como o início da operação do Rota 3 em 2024, o gasoduto do Projeto Raia (BMC-33) e o gasoduto do projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP) em 2028 e 2029, respectivamente.

Para os projetos de baixo carbono, a Petrobras planeja aplicar 11,5 bilhões de dólares, mais do que o dobro do plano anterior. As iniciativas incluem a descarbonização das operações, o desenvolvimento de negócios no segmento de energias de baixo carbono, como biorrefino, eólicas, solar, captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e hidrogênio.

Além dos compromissos com o meio ambiente e a sociedade, a Petrobras se compromete a reduzir as emissões de carbono, zerar o vazamento de materiais, diminuir a captação de água doce e a geração de resíduos sólidos, além de promover a diversidade de raça e gênero em cargos de liderança. A companhia está demonstrando um claro compromisso em alinhar seus investimentos com a sustentabilidade e a transição energética global.

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